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Crítica | Uma Doce Revolução – uma homenagem ao início de tudo para as mulheres

Crítica de Uma Doce Revolução, veja, sem spoilers, como essa homenagem em formato de filme representa toda a luta das mulheres que foi baseada em fatos reais.

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Ao longo de muitos anos, as mulheres não eram tratadas e nem possuiam as mesmas licenças dos homens, não obtendo os seus direitos igualitários e muito menos os protetores. Logo, eram apenas em poucas ocasiões e, entre si, que poderiam demonstrar a sua liderança e, claro, principalmente, o seu poder, mesmo que o mundo a fora não pudesse enxergá-lo. Assim, com o dia 08 de março na jogada, para celebrar o dia da mulher, nada melhor do que retratar toda a história, principalmente, o início de tudo: o começo do seu inserimento na sociedade legal como um todo.

Marcando mais um filme a fim de homenagear, Uma Doce Revolução traz a presença de grandes mulheres em seus papéis, para fazer jus a personagens imensamente fortes. Acompanhando uma boa história baseada em fatos reais, embarcamos em um imenso contexto histórico, o qual, possuímos os dois lados da moeda, sem um anular o outro. Com a aprovação da Lei Dos Direitos Civis no ano de 1964 visando a exclusão da segregação racial, junto a ele, vimos a agregação, também, dos direitos das mulheres, assim, mesmo que nem tudo fosse flores, ali foi o início para a entrada de maiores oportunidades como a educação, trabalho, cargos governamentais e, claro, as suas liberdades de serem e verbalizarem o que quisessem.

Em sua introdução, nos deparamos de cara com a personagem de Anna Friel, Grace, uma mulher divorciada que era bem diferente de outras de sua época. Ao embarcar de volta a sua cidade natal após a morte do seu pai, a mesma descobre que está repleta de dívidas e com uma família falida, assim, em busca de empréstimos, Grace descobre que essa opção só é permitida para os homens. À vista disso, a personagem vai em busca de recursos que possam lhe tirar do fundo do poço, como a busca por homens e a por alguns trabalhos.

Crítica de Uma Doce Revolução, veja, sem spoilers, como essa homenagem em formato de filme representa toda a luta das mulheres que foi baseada em fatos reais.

Desenvolvendo um contexto intrigante, nos damos de cara com uma diversidade de detalhes que fazem e completam todo o ar que precisa ser demonstrado, uma verdadeira volta ao passado, ou melhor, para a década de 60. Atrás de empregos que possam lhe tirar da decadência, Grace conhece inúmeras outras personalidades que fazem morada ao longo da história, assim, como também, as desigualdades e o desejos repulsivos vindo de homens que buscavam apenas uma funcionária a base de sua aparência física.

Conhecendo a realidade de muitas pessoas, de diversas classes, a mesma se colocou a ver a verdadeira aversão que caiam em todas as elas: a falta de direitos, tanto nas oportunidades de emprego, quanto nas questões protetoras que não existiam. Eram apenas seres vivos sem direitos alguns, as quais, eram definidas como posses de um homem ou consideradas “sexos frágeis” para apenas fazê-los se sentirem poderosos ou donos de algo, assim como fora citado ao longo do filme.

Compartilhando um patamar entre um caminho árduo de uma mulher percebendo o que precisa fazer, e entre a liberdade e inclusão dos negros em locais públicos e com direitos iguais, analisamos um pouco mais das lutas compartilhadas dentro dessa história. Um homem negro fazendo profecias a respeito do discurso de Martin Luther King, que nos mesmos anos estava nas ruas, por meio de manifestações e, com o seu discurso “Eu tenho um sonho”, que foi um dos mais mais marcantes do século XX, enquanto do outro lado, mulheres negras se perguntando onde que se encaixam dentro dessas leis, pois, eram feitas exclusivamente para os homens.

Não deixando nenhuma luta de lado, acompanhamos exatamente um enredo forte, com uma fotografia bela e com uma trilha sonora cativante de brinde que, com certeza, faz a diferença. Na verdade, ainda temos um acréscimo de uma co-relação em busca da sororidade, pois, nada melhor do que representar a liberdade de uma mulher do que citando uma que estava a frente do seu tempo e que tanto lutou para ser inserida numa sociedade, onde, apenas homens eram vistos como ideais. Talvez, possa captar de quem estamos falando, um alguém que fez e muito em seu tempo para suprir e mostrar que ali também era o seu lugar em pleno século XIX.

Crítica de Uma Doce Revolução, veja, sem spoilers, como essa homenagem em formato de filme representa toda a luta das mulheres que foi baseada em fatos reais.
Crítica de Uma Doce Revolução. (Synapse Distribution 2022).

No fim das contas, tudo estava em jogo: a liberdade de expressão, proteção, uma maior educação e os fundos bancários. Dessa forma, possuindo um espaço para as igualdades como um todo, sem desejar nem tanto de um lado, e muito menos do outro, vemos que mesmo que o filme aparente ser curto para tamanhos fatos com as suas quase uma hora e cinquenta, analisamos que há um bom compartilhamento para as informações e os seus desenvolvimentos, ainda que o final tenha deixado a desejar no quesito de rapidez da compreensão vindo de terceiros.

Como, segundo a sua própria deixa: “Com essa lei, a Sr. Liberdade pode não ver mais a cor mas continuará se fazendo de cega com o que chamam de sexo frágil”. Assim, podemos definir Uma Doce Revolução como uma trama repleta de contextos históricos reais, com perguntas e dúvidas que precisam ser respondidas mesmo que naquela época poderiam não obtê-las. Com a tamanha sororidade demonstrada ao longo dos minutos, vemos mulheres se juntando em um ato bonito de que não estão sozinhas e que estão prontas para se ajudarem, ainda mais em uma luta de grande porte, mesmo que o congresso se revolte e o preconceito aconteça. Logo, a partir desse momento, após uma longa batalha para poderem ser inseridas, mais um termo fora acrescentado para descrever uma sociedade legal e igualitária. Assim, no dia 8 de fevereiro de 1964, a palavra “sexo” foi incluída na Lei Dos Direitos Civis de 1964, pois, afinal, é da conta do estado nos entregar o direito de tentar e, principalmente, de existir.

Uma Doce Revolução poderá ser encontrado nas plataformas a partir de hoje, 8 de março, para compra e aluguel em: Claro Now, Vivo Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.

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