Após ficar disponível apenas em alguns cinemas nos Estados Unidos, O Pálido Olho Azul, estrelado por Christian Bale, chegou hoje, 6 de janeiro, na Netflix. Com isso, confira a nossa crítica, sem spoilers, para saber o que pode esperar da obra.
Ambientada em 1830, a narrativa começa em uma manhã cinzenta, quando um cadete é encontrado morto na Academia Militar West Point. Nesse sentido, após constatar que o cadáver teve o seu coração roubado, o crime começa a tomar um certo ar macabro, assim, os responsáveis contratam um detetive, meio cansado da vida, que utilizará da ajudar do jovem Edgar Allan Poe para desvendar esse enigma.
Se afastando do padrão atual de filmes que os espectadores estão acostumados, O Pálido Olho Azul entrega uma narrativa sombria em torno de um misterioso assassinato. Desse modo, o filme se aproveita da incrível atuação de Bale para desenvolver um roteiro que conduz as investigações a partir do ponto de vista dramático de um escritor.
Assim sendo, o público pode aproveitar de uma narrativa que mantém sua proposta por todo o roteiro, sem pequenas fugidas do gênero no intuito de tornar a obra “divertida”. Deste jeito, O longa-metragem é trabalhado do início ao fim, desde a ambientação até os pequenos detalhes, para entregar uma verdadeira experiência sombria em torno do mistério, que por sinal consegue executar essa proposta com excelência.
Contudo, sem está livre de erros, a obra tem muitos acertos girando em torno do seu roteiro e de se manter fiel ao gênero, mas acabar por abandonar o desenvolvimento dos personagens. Com todos os holofotes virados para o personagem principal, quem o assiste pode ter a impressão de ser um filme com um único personagem, pois os demais não tem espaço o suficiente para serem lembrados.
Nesse contexto, podemos definir O Pálido Olho Azul como um brilhante aceno aos livros de Edigar Allan Poe, e não só pelo fato do autor ser um dos personagens principais. A produção entrega um interessante mistério recheado de elementos sombrios, e mesmo tendo os seus erros, ainda se saí como uma boa obra que conquistará a atenção dos espectadores.
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