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Crítica | Ms. Marvel é a série adolescente que faltava no MCU

Como é conseguir a vida de um super-herói que você sempre sonhou?

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Kamala Khan é um das personagens recém-chegadas ao MCU, assim, tornando-se a atual heroína a carregar o título de Ms. Marvel. Criada em 2012 pelos editores Sana Amanat e Stephen Wacker, a roteirista G. Willow Wilson e os artistas Adrian Alphona e Jamie McKelvie, a grande personalidade adicionou ao universo da Marvel a primeira super-heroína muçulmana, dando as caras pela primeira vez em 2013, mesmo que a sua história solo tenha chegado apenas no ano de 2014 para os adoradores desse modelo fictício de produções. E, agora, alguns anos após a sua estreia, finalmente, podemos ter um gostinho de sua presença na versão cinematográfica que, com certeza, juntando os seus principais elementos dispostos, a série já está a um passo de se tornar uma das melhores séries que a Marvel pensou em abrigar ao seu catálogo.

Carregando o mesmo nome da heróina, a nova série do Disney+ traz uma origem diferente para a protagonista abordada. A trama acompanha uma adolescente muçulmana-americana que cresce em Jersey City, apaixonada pelo mundo dos super-heróis, em especial a Capitã Marvel, ela sonha um dia em se tornar um deles. Assim, a jovem, como um passe de mágica, terá a chance de entrar em contato com um misterioso objeto que a liga a forças cósmicas, logo, a dando a possibilidade de realizar sua tal sonhada fantasia.

Crítica Ms. Marvel. Reprodução Disney+ (2022).

Assistimos aos dois primeiros episódios da série em uma sessão especial e, claramente, o que podemos deixar bem claro é que Ms. Marvel veio para entregar uma das melhores experiências já vistas nas obras desse universo. Apresentando uma vibe teen, com uma narrativa que mescla leveza com representatividade, ao mesmo tempo que, embora altere alguns aspectos das HQs, a série apresenta uma boa origem para a personagem sem descaracterizá-la, fazendo com que, de forma precisa, a sua adaptação seja fruto de um sublime trabalho sem ignorar o seu significado maior.

Assim como as últimas obras do MCU, Ms. Marvel dá o seu próprio toque para a fórmula desse universo, compartilhando a famigerada impressão de ser uma série única pois, a progressão do enredo entra por portas nunca encontradas antes. À princípio, temos uma narrativa focando menos no ato de ser “Herói” e passando a desenvolver questões pessoais que englobam a adolescente e as dificuldades em conviver essa fase da vida. Além disso, a primeira impressão que a série transmite é funcionar tanto dentro dos eventos ocorridos no MCU, quanto como uma produção isolada, sendo uma resposta direta a parte do público que se preocupa em estar atualizado em demais histórias para assistir as próximas.

Ademais, Ms. Marvel também estende os seus acertos para a sua produção. Os dois primeiros episódios definem a direção de imagem como admirável, explorando novos ângulos que, juntos, conseguem trazer um impacto divergente para as cenas descorridas, além do mais, o trabalho é complementado pelo CGI excelentemente realizado e que traz um certo realismo para a série e seus momentos. E, claro, a trilha sonora, o que seria uma produção do MCU sem uma boa playlist? Temos músicas prontamente feitas e colocadas no instante certo, entregando, por fim, um conjunto técnico que simplesmente dá vida a um roteiro muito bem escrito.

De forma geral, as primeiras impressões que Ms. Marvel deixou é que essa, definitivamente, é uma série adolescente que todos precisavam dentro do MCU. Mesmo entregando componentes clássicos e clichês ao seu roteiro, a série transforma todas essas peças já utilizadas inúmeras vezes dentro do universo cinematográfico em seu próprio e único quebra-cabeça, rompendo as leis que regem esse gênero tão abordado como o teen. Além do mais, podemos dizer que o primeiro episódio é apenas olhada de brecha para os eventos que estão por vir, ao menos até o segundo episódio. Portanto, Ms. Marvel está navegando completamente por ondas repletas de características singulares e fluidas que, com certeza, serão grandes expectativas para o futuro dessa história repleta de representatividade da cultura árabe, diante a todo um respeito.

Crítica Ms. Marvel. Reprodução Disney+ (2022).

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1 comentário
  1. zoritoler imol Diz

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