A plataforma da Prime Vídeo vem cada vez mais estabelecendo a sua marca como um verdadeiro selo de qualidade no mundo das séries e filmes e, parece que isso não foi diferente diante a sua nova história, denominada A Lista Terminal. Estrelada por Chris Pratt, a adaptação do livro homônimo de Jack Carr obteve a direção de Antoine Fuqua a partir de um enredo escrito por Dave Digilio, contando com a estreia de um roteiro intrigante e misterioso para os seus espectadores.
A Lista Terminal acompanha de perto o Seal da marinha dos Estados Unidos, James Reece, um personagem se preparando junto a sua equipe para uma nova missão secreta. No objetivo de capturar um famoso traficante de armas, no fim, essa tarefa acaba se transformando em uma verdadeira emboscada, resultando na morte de quase todos que estavam alí contribuindo para a sua pátria.
Sendo um dos sobreviventes, de volta para a sua família, Reece pode até ter escapado da catástrofe, embora, uma guerra maior está apenas começando em sua mente. Com suspeitas de uma conspiração para acabar com a sua esquadra, as coisas vão se complicar quando o que o personagem acha que aconteceu não bate com o relatório de ocorrências, logo, levando a todos a embarcarem em uma verdadeira confusão, se dividindo do que é real ou não a partir da imaginação do operador.
De forma criativa e progressiva, o enredo da série consegue construir toda uma narrativa, a qual, o público se autoquestiona a cada nova informação atribuída. Fazendo o uso do enigma de maneira precisa, A Lista Terminal soube muito bem como equilibrar cada elemento da sua trama de um jeito em que os detalhes tomem forma direta e clara, sem enrolação para ter mais tempo de tela do que o necessário.
Nesse contexto, a série faz uma mistura de um assunto que é uma fonte principal da vivência de uma parcela da sociedade com teorias da conspiração, as quais, já são bastante só famosas no gênero. Logo, evidentemente, isso parece resultar em mais um obra envolvendo um soldado americano que, facilmente, se passa como um exército de um homem só, o que, para quem é amante do gênero, já saturou. No entanto, a Amazon Studios conseguiu ir mais além com o seu amálgama acabando por decorrer em uma série envolvente e que, mesmo repetindo um tema assíduo, única.
Sob o dilema de herói ou vilão, por mais que se tente, é bem difícil achar pontos negativos durante os minutos de tela. Com um roteiro muito bem estruturado sem deixar pontas soltas, temos o equilíbrio ideal de início, meio e fim, com aquele leve sentimento de querer mais alguns episódios por melancolia, embora, ao mesmo tempo, entregando a sensação de estar satisfeito já que a série compartilhou todas as respostas para as perguntas no meio do caminho.
Diante disso, não podemos deixar de destacar o excelente ofício da produção, que, principalmente, nas cenas de ação, fez a imersão ao cenário de guerra ser um tanto sublime. Sendo somado as fenomenais atuações, com destaque no Pratt interpretando com exatidão o soldado fora de si, fez com que todo o trabalho do roteiro e direção tivesse um desempenho ainda melhor aos quatro cantos da tela. Ademais, o toque especial das trilhas sonoras certas, tocadas nos momentos exatos, trouxeram o peso e a emoção completa para as cenas necessitadas, criando uma harmonia sem igual.
De forma geral, A Lista Terminal é mais uma prova de toda qualidade que a Prime Vídeo tem presado em suas produções originais. Apesar da série apresentar uma premissa já vista antes, a história consegue transformar todos as minúcias surgidas em algo único e memorável. Logo, com uma baixa margem para erros, a série, claramente, é uma ótima escolha para quem procura por uma trama no gênero, além de poder captar até mesmo aqueles não são vidrados no tema.
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