Sendo o 26° filme da Marvel a ser lançado, Eternos é mais uma parcela da fase 4 desse universo cinematográfico. Carregando consigo uma grande estreia, capturamos uma história inovadora e que trabalha a importância da famosa liberdade artística em sua produção. Dessa forma, a originalidade reproduzida pelas mãos da Chloé Zhao dá-se um toque de momentos importantes para a história da humanidade a partir de agora.
Lançado em 04 de novembro nos cinemas brasileiros, Eternos é baseado nos quadrinhos de Jack Kirby iniciados no ano de 1976 que acompanha a história de uma raça de alienígenas criada pelos Celestiais, no qual, vivem em segredo no planeta Terra há milhares de anos.
Alternando entre o passado e o presente, Eternos gira em torno de momentos históricos importantes que descreveram a humanidade até o momento. Assim sendo, contamos com um passado distante e algum tempo depois do incidente do estralo de dedos do Thanos. Entretanto, percebemos que a alternância de acontecimentos não são em vão, demonstrando a forma como sempre havia uma influência de cada Eterno para ajudar a população a evoluir, embora, sem interferir na consequência de suas ações.
A trama do filme, inicialmente, gira em torno de Sersi (Gemma Chan) junto a Sprite (Lia McHugh), e ao longo dos acontecimentos, novos Eternos são apresentados a tela. Logo de início, já encaramos uma surpresa: uma luta contra um Deviant. Embora, acreditando que os mesmos já estavam extintos, vemos um pontapé para a história que está por vir: entender o mistério por trás do ressurgimento das criaturas. Dessa forma, acompanhamos os Eternos por diversos países reunindo, mais uma vez, os integrantes do grupo.
Partindo desde o início dos tempos, podemos conhecer cada um dos dez Eternos, pois o tempo distribuído entre fatos dão a oportunidade de entendermos a equipe. Seja pelos seus poderes, emoções, relacionamento em família e até mesmo alguns românticos. Com esse destaque, o grupo carrega consigo uma grande carga emocional e laços familiares, na qual, assimilamos e compreendemos que todos possuem uma grande proximidade com sentimentos humanos. Logo, a produção contrapõe o único motivo absoluto dos Eternos existirem, com o fato de terem empatia, opiniões, personalidades e, principalmente, lutarem para ter uma vida normal e segura.
Entretanto, como toda grande família, também vemos rebeliões acontecendo. Eternos é uma grande representação de uma família com um peso enorme de milhares de anos, então, não haver problemas seria uma tarefa inevitável. Ao longo dos minutos, vemos cenas, nas quais, compreendemos a relação entre eles: todos estão interligados de alguma maneira; E os flashbacks são uma porta para observarmos toda a construção e relevância das emoções que cada um dos Eternos criaram em seu tempo de vivência juntos.
O desenvolvimento do filme se dá de uma forma natural, respondendo questões como “Por que os Eternos não interviram no estralar de Thanos”, de maneira escancarada e direta. Além da grande participação do lado cômico que só a Marvel sabe fazer em seus filmes, também vemos como a trama possui o seu lado suave, emocional e familiar. Em prol ao desenvolvimento da produção, observamos que Eternos foi uma ótima oportunidade para introduzir os novos personagens ao mundo, e assistirmos de perto como os mesmos evoluem conforme a trama se desenrola.
Mesmo apresentando a fórmula Marvel no enredo, a execução se difere bastante do que estamos acostumados a assistir. Contamos com cenas, nas quais, há uma combinação exata para deixar o momento interessante, tais como as ações que, mesmo não sendo o ponto focal, é deslumbrante de ser vista. Além disso, a ambientação foi feita de maneira diferenciada em comparação a outras obras do MCU, já que, a Chloé Zhao teve a chance de usar parte de um cenário real na produção e, com isso, vale ressaltar que os figurinos, repletos de detalhes, foram trabalhados a mão sem tanta necessidade da computação gráfica.
Todavia, não podemos deixar de fora a imensa representatividade que a Marvel impôs em seu novo filme, seja por colocar o primeiro casal abertamente gay, por introduzir a primeira personagem com deficiência auditiva, ou até mesmo representar a diversidade étnica no seu grupo. Dessa maneira, observamos o quão emocionante é a forma como a inclusão estar ganhando mais espaço em obras de grande porte como Eternos.
Eternos é mais uma grande introdução ao universo do MCU, uma escolha ousada entre personagens que, demonstra o desejo de, apesar de serem uma raça alienígenas com somente um propósito absoluto, se diferem bastante em opiniões, personalidades e a busca de lutarem para fazer parte de algo, no qual, estão há 7 milhões de anos. Dessa maneira, a carga emocional levada é sentida do início ao fim, embora, é ocupada com cenas de humor que com certeza foi um quebra galho em situações dramáticas, rompendo o clima, entretanto, mantendo a empatia. Utilizando o grande plot do fim do mundo como foco principal, a Marvel mantém a sua fórmula muito bem conhecida na produção, tornando o momento melancólico ao salvarem o mundo. E com isso, vemos apenas o início de uma história que tem de tudo para ser explorada nos próximos filmes e, com certeza, mais um empecilho que todos terão de lidar para salvarem o mundo que tanto amam.
Confira também:
Nota:
- Trilha sonora
- Ambientação
- Enredo
Crítica maravilhosa!
Achei o filme muito bom e cativante, os atores são incríveis e a Chloé Zhao deixou sua marca com os visuais estonteantes.
Está crítica sobre eternos ficou impecável. O filme em si, conseguiu interliga-se com o universo da marvel de uma maneira natural ao decorrer de seus acontecimentos. A forma como foi introduzido cada personagem foi bastante relevante, tanto para o público, tanto para o próprio filme, digamos que já estava na hora de apresentar personagens como o Phastos e a Makkari.
[…] caminho claro. A escolha de lançamentos, tentou mesclar a introdução de novos personagens, como Eternos, O Cavaleiro da Lua, Miss Marvel e outros, enquanto se utilizava de obras como Wandavision, Loki e […]