A franquia de jogos Resident Evil está prestes a ganhar mais uma adaptação para o mundo das séries e filmes na quinta-feira, 14 de julho. Pertencendo a empresa Capcom, o título é uma obra criada por Shinji Mikami e chegou ao público no ano de 1996. Desde então, a saga contou com diversas adaptações, desde filme até animações, e agora, foi a vez da Netflix fazer uma tentativa para o seu catálogo. Embora, o que parecia tão promissor aos olhos longíquos dos espectadores, infelizmente, dessa vez, veio em um formato que decepciona até as expectativas mais baixas propostas.
A trama segue a mesma premissa das narrativas anteriores dos jogos, assim sendo, possui o seu tempo de tela focado na empresa Umbrella. Com isso, acompanhamos os seus funcionários na tentativa de aumentar o valor das ações da companhia através de descobertas no ramo da biologia, com a líder sem se importar com as demais consequências causadas. Por isso, devido a falta de cuidados, a negligência acaba vencendo, levando a um vírus carregar a humanidade para um Apocalipse biológico.
A princípio, Resident Evil se inicia com uma trama promissora e de características interessantes por se distanciar um pouco dos rumos estabelecidos nas histórias dos games. Tirando um pouco o foco dos zumbis e centralizando a história no vírus como a grande problemática, a narrativa que, de início, assemelhava ser uma ótima escolha, vai esfriando e, com o passar dos episódios, acaba por se perder com reviravoltas e más seleções para a progressão do roteiro.
Logo, a série ainda conta com embaraços se estendendo para a maneira, a qual, a história é devidamente contada. Fazendo a movimentação de inserir dois períodos da linha do tempo ao mesmo percurso, Resident Evil acarreta ao fazer-se menos atrativa e insolente em inúmeras cenas dos capítulos. Então, a verdadeira sensação transmitida se baseia na confusão, como se estivéssemos assistindo a duas temporadas de uma vez, o que torna a experiência ainda pior no fim das contas.
Ademais e no entanto, não podemos deixar de citar as boas referências criadas ao longo da história, onde, algumas fazem a trama desandar mais ainda, enquanto outras, possuem uma certa criatividade que agradaria os fãs dos jogos. Conseguindo arquitetar momentos de ação e emoção, junto a uma playlist bem selecionada, temos uns bons agrados para elevar pontos, entretanto, é uma pena não serem suficientes, já que são ofuscados por todos os outros desserviços.
Um saldo positivo que vale a pena destacar é a maneira que a Netflix não investiu em transformar certos instantes em uma comédia barata – o que vem se tornado uma tendência nas obras recentes –, todavia, a narrativa ainda não consegue chegar perto de ser o terror que muito podem esperar pelo histórico da franquia. Assim, no máximo, Resident Evil pode ser definido como um suspense leve com algumas cenas de cor, as quais, com certeza, vão dividir opiniões sobre serem boas ou ruins.
De forma geral, Resident Evil da Netflix torna-se mais uma tentativa fracassada de estender os sucessos dos jogos para outros ramos. Com uma escolha de contar uma história hostil, a crônica não se torna atraente, muito menos com o final arquitetado para uma próxima temporada. Embora, uma investida em uma possível sequência, pode acabar por melhorar os detalhes que envolvem a cronologia, mas, por agora, Resident Evil, infelizmente, irá desapontar tanto os fãs da franquia, quanto aqueles que não possui um histórico íntimo com tal.
Sabia que o Folheando Entretenimento tem um canal no Telegram? Nos encontre clicando no link a seguir: (t.me/folheandoentretenimento).