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Crítica Netflix | First Kill renasce das cinzas um gênero antigo de sucesso

“Se o amor é cego, ele nunca acertará o alvo”.

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Você é capaz de controlar o seu amor?

Antigamente, o que captava o coração de certo público com certeza era as séries teens, com um casal aqui e outro alí e um enredo um tanto famoso na época, seja por vampiros, lobisomens, ou até mesmo, ambos em uma só produção. O êxito era tão certeiro que, não importasse quantas obras existissem, aquele era o assunto do momento em todo lugar, se espalhando até mesmo para o mundo literário. Só que, passando os anos, o tal subgênero foi caindo e tornando-se apenas lembranças nostálgicas nas mentes que acompanharam a trajetória. Entretanto, os diretores de First Kill pensaram numa maneira de ascender e trazer a aclamada categoria de volta as telas, após bastante tempo em escassez. Assim, oferecendo, mais uma vez, vida a esse tema, porquanto, temos um premissa um tanto rentável e surpreendente em que, ao longo de seus episódios, a história passa por altos e baixos, colocando o espectador na parede de tantos eventos acontecendo aos quatro cantos, além do claro, acompanhando um casal apaixonante como o centro de todo o enredo abordado.

Sendo um recém-lançamento ao catálogo da Netflix, First Kill marca mais uma série vampiresca e dramática na lista. Sendo uma adaptação de um conto entitulado Vampires Never Get Old: Tales With Fresh Bite da autora bestseller, Victoria “V. E.” Schwab, a série teen gira em torno de um romance proibido entre uma vampira, Juliette, e uma descendente de uma linhagem de caçadores de monstros, Calliope. Com objetivos parecidos, ambas terão que passar pela primeira vez de seus propósitos para cumprir o seu legado, seja para cravar seus dentes em alguém, quanto para exterminar uma criatura sobrenatural do mundo. Logo, o universo delas parecem se colidir quando, por um acaso do destino, estudam na mesma escola e uma delas tem uma paixão há um bom tempo pela outra. Embarcando em primeiras vezes juntas, Cal e Jules terão que lidar e lutar com suas famílias e os destinos propostos por elas para conseguirem o que tanto querem: liberdade.

Crítica Netflix - First Kill. Reprodução 2022.
Crítica Netflix – First Kill. Reprodução 2022.

Com um tema abrangente, First Kill está marcado como uma mistura de Romeu e Julieta e Buffy, a Caça-Vampiros, o que, ao longo de seus capítulos, diversos trechos poéticos são narrados, seja para completar e dá um significado a história, quanto para descrever as ocasiões contadas – uma narrativa tão antiga se repetindo mais uma vez, ou quase. Descobrindo respectivamente que missões são falhas, ainda mais quando se trata de estar apaixonada, as duas terão que encarar as suas maiores dúvidas: o anseio pelo amor verdadeiro ou o dever familiar?

Seguindo uma fórmula padrão de caracterização que envelheceu como vinho, seja pelas personalidades atribuídas quanto pelos efeitos, vemos que a nuance focal de First Kill se dá pela maneira proposital de encarar o seu fenomenal sucesso. Se enquadrando ao esquema de um casal “encaixável” clichê, onde, de um lado temos uma menina tímida e que não quer se transformar em um monstro e do outro uma destemida e corajosa adolescente que faria de tudo para cumprir o seu escopo, a série se movimenta dentre os conflitos seguintes abordados durante oito capítulos de quase 1h cada, para assim, produzir ainda mais momentos juntas e encarar as suas diferenças e certas conformidades que são questionadas.

Um dos grandes segredos compartilhados entre os minutos dessa trama, com certeza, é a introdução de um universo paralelo adolescente para o público-alvo repleto de subtramas a cada capítulo passado, no entanto, os momentos conflitantes, que são base do roteiro, se mantém presentes do início ao fim, assim, a narrativa, no geral, cumpre a sua promessa de se fixar em um ponto e lidá-lo sem percorrer por labirintos a fora. Embora, o que é desesperador e traz certa irregularidade é o fato de que as criaturas mitológicas parecerem não possuir uma origem concreta, assim, se caso o espectador embarque na série a fim de conhecer a razão exata da existência de monstros ou pelo poder deles, essa pode não ser a história em que esteja procurando, pelo menos não por enquanto.

A dramaturgia possuí uma premissa bastante comum se vista de um local ecumênico, então, First Kill condena os seus personagens a uma imensa novela entre a proibição de envolvimento por ascendências. Ademais, por se tratar de uma série queer, abordando o relacionamento sáfico, felizmente não entramos no quesito de sexualidade ser o foco da história, logo, apenas temos duas garotas se conhecendo e embarcando em uma sedutora e bonita relação e conexão entre si. O vínculo posto entre as adolescentes provocam a representatividade de uma maneira certíssima, sendo o âmago necessário para o enredo mas sem transformar a proximidade delas em um problema. Então, nesse enredo, não se preocupe com qualquer dificuldade entre não-aceitação ou preconceito, pois, isso não existe no contexto do roteiro. Portanto, finalmente, temos uma série de romance sobrenatural que não tem algum medo de mirar na comunidade LGBTQIA+ sem transformá-la apenas em um amontoado em torno de orientações sexuais.

Crítica Netflix - First Kill. Reprodução 2022.
Crítica Netflix – First Kill. Reprodução 2022.

Apesar da trama estar recheada de melodramas para serem combatidos, a todo momento, o roteiro traz de volta o seu objetivo: pressionar as protagonistas a cumprirem o seu dever. Com personagens secundários tomando palco central diversas vezes, vimos a maneira poderosa que lidam com os impasses, ou seja, o sobrenatural. Entretanto, quando falamos das tais criaturas mitológicas e as trazemos para o mundo adolescente, ainda mais quando há um romance acompanhado, esses tais momentos envolventes parecem se enrolar em caos e personificações um tanto enfadonho. Sendo assim um canastrão de cenários que a única missão apresentada é cativar o espectador a assistir uma produção escrachada de CGIs e coreografias de lutas hostis. Admitindo que esses detalhes sejam intencionais, entramos definitivamente em uma obra como as demais dentro do seu gênero, por exemplo: Crepúsculo, The Vampire Diaries, Shadowhunters e Teen Wolf. Todavia, se isso foi uma minuciosa característica voluntária proposta pelo gênero atípico já escancarado, obviamente, temos uma salva de palmas por cumprir a finalidade inicial.

Mesmo que esse enredo seja um clássico no mundo cinematográfico, não significa que não há uma inovação acontecendo na área durante os episódios. Já começando com ambas se tornando alvos fáceis para as suas missões, ainda temos um papel queer que tanto precisávamos no universo da cinegrafia. Além do mais, conhecemos personagens com diversas personalidades que os moldam diante a suas visões de mundo, então, preparem-se para encarar todos os tipos de universos individuais, seja eles por poder, renegações e vinganças andando lado a lado.

À vista disso, possuindo um elenco diverso, seja por algumas estrelas já conhecidas, enquanto outras não, o tamanho roteiro se encaixa exatamente onde promete: entregar uma história de romance sobrenatural adolescente. Mesmo que os efeitos especiais e as coreografias que acompanham as cenas sejam totalmente fora do esperado e consideradas toscas, tais momentos são ofuscados pelas quantidades de subenredos acontecendo, causando até mesmo alguns cenários que, com certeza, deixarão alguns espectadores boquiabertos e esperando por ainda mais conteúdo, já que a trama deixou portas abertas para explicações futuras. Aliás, vale destacar a interessante trilha sonora que, de certa maneira, fez a série ser uma produção interessante de ser vista, contando, por fim, com especiarias clássicas de uma ambientação um tanto sombria e indiferente.

Com isso, First Kill tem as suas minuciosas características para ser ótima, pelo menos de início, embora, a maneira como desenvolveram a ideia para o público foi de que faltava algo mais a ser passado nas telas, entrando, assim, em confusão. Muitos dos desenvolvimentos são apresentados sem uma explicação da razão como se fossem de conhecimento geral o tal primórdio, fazendo com que o espectador fique com inúmeras dúvidas rodeando a mente, no entanto, mesmo que haja elucidações em capítulos posteriores, a série ainda fica no limbo entre ir para algum lugar mas sem saber como deve perseverar a seguir, consequentemente permanecendo estático quando se trata de desenvolvimento conclusivo. Logo, a Netflix trouxe o seu clássico selo para esse universo, seja para renascer das cinzas um gênero tão aclamado anteriormente, quanto para deixar os espectadores ansiando por uma continuação, visto que, um cliffhanger foi deixado no último episódio. Então, com um romance potencial e um tanto revolucionário, os conflitos presentes forçam as duas garotas a questionarem os seus valores e a importância do poder de suas próprias linhagens por meio de metáforas e referências bastantes notórias, pois, não adianta lutar contra “se o amor é cego, ele nunca acertará o alvo”.

Crítica Netflix – First Kill. Reprodução 2022.

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Veja também:

73%
Nostálgico, premissa interessante, casal apaixonante

Nota:

  • Enredo
  • Ambientação
  • Trilha sonora
  • Efeitos especiais
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